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Desenvolvimento Neuro-Psicomotor de 30 dias até 2 anos

O crescimento pôndero-estatural origina trocas sucessivas nas estruturas e transformações estreitamente correlacionadas às suas funções, de tal forma  que à medida que vai havendo a multiplicação celular e aumento em volume, paralelamente vai ocorrendo a maturação, a diferenciação e aquisição de funções.

Desenvolvimento Neuro-Psico-Motor  (DNPM) é o conjunto de fenômenos que concorrem para que o indivíduo seja capaz de realizar funções cada vez mais complexas1.

Gesell1, um dos pioneiros no estudo do DNPM, verificou que este pode ser demonstrado pela forma como o indivíduo se comporta, sendo que denominou a “maneira de ser” da pessoa de comportamento ou conduta. Comportamento ou conduta são termos que se referem a todas as reações, sejam estas reflexas, voluntárias, espontâneas ou aprendidas. Assim como o corpo cresce, a conduta evolui, é um processo contínuo. Inicia-se na concepção e segue uma sucessão ordenada, etapa por etapa, representando cada uma delas um grau ou nível de amadurecimento. À medida que o sistema nervoso se modifica sob a ação do crescimento, a conduta se diferencia e muda.

O desenvolvimento do comportamento depende do amadurecimento do Sistema Nervoso, porém também é influenciado por uma troca recíproca de fatores intrínsecos e ambiente que afetam a criança. A constituição genética do indivíduo e suas experiências intra e extra-uterina iniciais afetam o seu crescimento físico, intelectual e emocional e isto, por sua vez, determinará sua reação favorável ou desfavorável às posteriores modificações do ambiente. Exemplo: uma desnutrição grave no primeiro ano de vida pode seguir-se de um atraso permanente do crescimento pôndero-estatural, bem como atraso do DNPM, capacidade intelectual rebaixada e por sua vez será responsável por problemas sociais.

Outro exemplo: otites freqüentes que podem levar à diminuição da acuidade auditiva que poderá ser responsável por dificuldade na linguagem que levará a alterações na esfera social.

CARACTERÍSTICAS

Existem leis de continuidade e amadurecimento que explicam semelhanças gerais e as tendências básicas do desenvolvimento infantil, porém, não há dois meninos que cresçam e se desenvolvam exatamente da mesma maneira.

Cada criança tem um ritmo e um estilo de crescimento tão característico de sua individualidade como sua fisionomia. A organização da conduta começa muito antes do nascimento e a direção geral vai da cabeça aos pés e dos seguimentos proximais aos distais, isto é, céfalo-caudal e próximo-distal. Inicia-se com os lábios e a língua, seguem os músculos oculares, depois a nuca, os ombros, braços, mãos, dedos, tronco pernas e pés. O desenvolvimento é regular, segue uma seqüência nas etapas: a criança balbucia antes de pronunciar palavras, diz palavras isoladas antes que faça frases simples, etc… Senta antes de ficar de pé, fica em pé antes de caminhar…

Existe uma correlação com o sistema orgânico. Do ponto de vista biológico, não se pode separar, com precisão, as manifestações orgânicas ou mentais do desenvolvimento, por conseguinte, o estado de desenvolvimento deve ser avaliado não só por sinais físicos, mas também através de sinais dinâmicos, pelo modo de reação e modo de conduta. A conduta é de fato a mais integrada e totalizadora expressão do desenvolvimento1.

Do ponto de vista de descrição sistemática, Gesell definiu, arbitrariamente, 4 campos ou área de conduta:

CONDUTA MOTORA – Considera-se tanto movimentos corporais amplos quanto os de coordenação final: reações posturais (sustentação da cabeça, sentar-se, deambular, a forma de se aproximar de um objeto,  de tocá-lo, manejá-lo, etc…).

CONDUTA ADAPTATIVA – Entende-se o tipo de comportamento que se evidencia quando a criança tem que resolver problemas, refere-se às mais delicadas adaptações sensórias motoras ante um objeto ou situações. Por exemplo, a coordenação de movimentos oculares e manuais para alcançar e manipular objetos, a habilidade para utilizar adequadamente a capacidade motora na solução de problemas práticos aos quais é submetida.

CONDUTA DA LINGUAGEM – Linguagem no seu sentido mais amplo, incluindo toda forma de comunicação visível e audível, como gestos, movimentos posturais, vocalizações, etc… Inclui também a imitação e a compreensão do que expressam outras pessoas.

CONDUTA PESSOAL SOCIAL – Compreende as reações pessoais da criança ante a cultura social do meio em que vive. Estas reações são tão múltiplas e variáveis, tão dependentes do ambiente que pareciam fora do diagnóstico evolutivo, mas aqui, como nos outros campos, observou-se que a evolução da conduta é determinada, fundamentalmente, por fatores intrínsecos do crescimento. Exemplo: o controle da micção e da defecação. São exigências do meio, porém sua aquisição depende primariamente do amadurecimento do neuro-motor.

2 MESES

No 2º mês a criança torna-se mais ativa, vai deixando progressivamente sua posição de esgrimista (RTC) e sua hipertonicidade vai diminuindo, dando lugar a uma postura mais tranquila, o reflexo da marcha vai enfraquecendo. Está se preparando para as próximas aquisições, as mãozinhas ainda em flexão, mas menos tensas, pode levar uma à boca para inspecioná-la (senti-la); na 5ª semana de vida, sua visão, antes errática imobiliza-se e olha para o ambiente que o cerca, seu campo visual vai progressivamente aumentando, é capaz de acompanhar um objeto em movimento por 90º, por exemplo a mãe, ou o examinador.

3 MESES

O lactente de 3 meses apresenta cabeça predominante voltada para um lado e ainda matém o reflexo tônico cervical. As mãos estão em flexão ou relaxadas. Os membros inferiores ligeiramente levantados em flexão ou extensão. A fisionomia é vivaz. O olhar é direto. Olha prontamente par a linha média. Segue um objeto em movimento por 180 graus. Apreende objetos com facilidade, e os sustém ativamente. Observa-o e, logo o solta.

Em resposta à campainha, sua atividade diminui e apresenta uma resposta facial.

Segue como olhar pessoas em movimento e se alegra quando uma pessoa se aproxima. Em seus agradáveis momentos de solidão, emite vocalizações e gorjeios.

Em posição prona firma a cabeça e descansa o antebraço em flexão.

6 MESES

Aos 6 meses, na posição supina eleva os membros inferiores e sua curiosidade se concentra nos pés, a mão tarda em apanhá-los.

Rola na posição supina.

Senta com auxílio.

Sentada, o tronco matem-se ereto; pode ficar sentada com ajuda por 30 minutos.

Na posição ortostática matém seu peso, quando segurado pelo tronco – é o início do apoio e retificação voluntária.

Apresenta apreensão palmar, pega objetos, leva à oca.

A vocalização é mais rica, já é possível estabelecer comunicação verbal. Alegra-se com o diálogo, responde aos estímulos verbais, principalmente quando é incitado face a face.

Gosta de brincadeiras corporais manifestando por alegres gargalhadas.

Distingue estranho.

9 MESES

Em decúbito dorsal tenta sentar-se erguendo a cabeça e parte superior do tórax.

Sentado fica firme por mais de 10 minutos. Mantém seu peso, apoiando-se na grade do berço ou cercado. Ensaia os sons linguodentais, ta-tá-tá, dá-dá-dá,…

Quando chora, emite sílabas tais como mãmãmã, papapa (labiais).

12 MESES

Em decúbito dorsal a criança passa facilmente à posição sentada, alcança objetos inclinando-se para frente.

Em posição ortostática, apóia-se a grade do berço ou do cercado. Caminha apoiada. Caminha sustentada por uma mão. Dá os primeiros passos sozinha.

Nessa idade, vai adquirindo as noções espaciais que ajudam a situar-se no mundo. Sentada, fica ereta sem ajuda à frente da mesa.

O indicador se aperfeiçoa e se prepara para sua função fundamental na pinça superior, aponta tudo, toca, explora e finalmente utiliza o polegar e o indicador estendidos e apanha precisamente objetos pequenos.

Diz uma duas palavras significativas, imita sons.

Bate palmas, dá tchau.

18 MESES

Caminha sozinha, raramente cai. Senta-se sozinha em cadeira baixa. Vira atentamente as páginas de um livro e observa atentamente os desenhos. Responde às perguntas do examinador dizendo o que é, ou mostrando quando solicitado. Em geral volta às páginas anteriores.

Risca espontaneamente.

Constrói torres de 2 ou 3 cubos.

Diz 6 a 10 palavras.

Desce ou sobe escadas apoiada por uma mão. Sobe em cadeira alta.

24 MESES

A criança de 2 anos corre bem, e não cai.

Sobe e desce escadas sozinha, segurando-se no corrimão.

Constrói torre de 6 ou 7 cubos.

Diante de um livro ou revista volta as páginas, uma a uma. Nomeia 3 ou mais desenhos. Imita traços circulares.

No tabuleiro, coloca blocos isolados. Após rotação de 180 graus, consegue inserir os blocos somente na terceira ou quarta tentativa.

Tem vocabulário de mais ou menos 20 palavras, combina 2 ou 3 palavras espontaneamente.

Refere-se a si mesma pelo nome.

Compreende e pergunta por “outro”.

Gosta de jogar, é capaz de chutar ou atirar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Gesell A. e Amatruda C. Diagnóstico del desarrollo. Editora Paidos. Buenos Aires. Segunda Edição.
Gesell e Amatruda Psicologia do Desenvolvimento do Lactente e Criança Pequena. Editora Atheneu, São Paulo, 2002.
Flehming I. Desenvolvimento Normal e seus Desvios no Lactente. Livraria Ateneu. São Paulo. 1987.

ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO NEURO-PSICO-MOTOR E ORIENTAÇÕES

O crescimento pôndero-estatural origina trocas sucessivas nas estruturas e transformações estreitamente correlacionadas às suas funções, de tal forma  que à medida que vai havendo a multiplicação celular e aumento em volume, paralelamente vai ocorrendo a maturação, a diferenciação e aquisição de funções.

Desenvolvimento Neuro-Psico-Motor  (DNPM) é o conjunto de fenômenos que concorrem para que o indivíduo seja capaz de realizar funções cada vez mais complexas1.

Gesell1, um dos pioneiros no estudo do DNPM, verificou que este pode ser demonstrado pela forma como o indivíduo se comporta, sendo que denominou a “maneira de ser” da pessoa de comportamento ou conduta. Comportamento ou conduta são termos que se referem a todas as reações, sejam estas reflexas, voluntárias, espontâneas ou aprendidas. Assim como o corpo cresce, a conduta evolui, é um processo contínuo. Inicia-se na concepção e segue uma sucessão ordenada, etapa por etapa, representando cada uma delas um grau ou nível de amadurecimento. À medida que o sistema nervoso se modifica sob a ação do crescimento, a conduta se diferencia e muda.

O desenvolvimento do comportamento depende do amadurecimento do Sistema Nervoso, porém também é influenciado por uma troca recíproca de fatores intrínsecos e ambiente que afetam a criança. A constituição genética do indivíduo e suas experiências intra e extra-uterina iniciais afetam o seu crescimento físico, intelectual e emocional e isto, por sua vez, determinará sua reação favorável ou desfavorável às posteriores modificações do ambiente. Exemplo: uma desnutrição grave no primeiro ano de vida pode seguir-se de um atraso permanente do crescimento pôndero-estatural, bem como atraso do DNPM, capacidade intelectual rebaixada e por sua vez será responsável por problemas sociais.

Outro exemplo: otites freqüentes que podem levar à diminuição da acuidade auditiva que poderá ser responsável por dificuldade na linguagem que levará a alterações na esfera social.

CARACTERÍSTICAS

Existem leis de continuidade e amadurecimento que explicam semelhanças gerais e as tendências básicas do desenvolvimento infantil, porém, não há dois meninos que cresçam e se desenvolvam exatamente da mesma maneira.

Cada criança tem um ritmo e um estilo de crescimento tão característico de sua individualidade como sua fisionomia. A organização da conduta começa muito antes do nascimento e a direção geral vai da cabeça aos pés e dos seguimentos proximais aos distais, isto é, céfalo-caudal e próximo-distal. Inicia-se com os lábios e a língua, seguem os músculos oculares, depois a nuca, os ombros, braços, mãos, dedos, tronco pernas e pés. O desenvolvimento é regular, segue uma seqüência nas etapas: a criança balbucia antes de pronunciar palavras, diz palavras isoladas antes que faça frases simples, etc… Senta antes de ficar de pé, fica em pé antes de caminhar…

Existe uma correlação com o sistema orgânico. Do ponto de vista biológico, não se pode separar, com precisão, as manifestações orgânicas ou mentais do desenvolvimento, por conseguinte, o estado de desenvolvimento deve ser avaliado não só por sinais físicos, mas também através de sinais dinâmicos, pelo modo de reação e modo de conduta. A conduta é de fato a mais integrada e totalizadora expressão do desenvolvimento1.

Do ponto de vista de descrição sistemática, Gesell definiu, arbitrariamente, 4 campos ou área de conduta:

CONDUTA MOTORA – Considera-se tanto movimentos corporais amplos quanto os de coordenação final: reações posturais (sustentação da cabeça, sentar-se, deambular, a forma de se aproximar de um objeto,  de tocá-lo, manejá-lo, etc…).

CONDUTA ADAPTATIVA – Entende-se o tipo de comportamento que se evidencia quando a criança tem que resolver problemas, refere-se às mais delicadas adaptações sensórias motoras ante um objeto ou situações. Por exemplo, a coordenação de movimentos oculares e manuais para alcançar e manipular objetos, a habilidade para utilizar adequadamente a capacidade motora na solução de problemas práticos aos quais é submetida.

CONDUTA DA LINGUAGEM – Linguagem no seu sentido mais amplo, incluindo toda forma de comunicação visível e audível, como gestos, movimentos posturais, vocalizações, etc… Inclui também a imitação e a compreensão do que expressam outras pessoas.

CONDUTA PESSOAL SOCIAL – Compreende as reações pessoais da criança ante a cultura social do meio em que vive. Estas reações são tão múltiplas e variáveis, tão dependentes do ambiente que pareciam fora do diagnóstico evolutivo, mas aqui, como nos outros campos, observou-se que a evolução da conduta é determinada, fundamentalmente, por fatores intrínsecos do crescimento. Exemplo: o controle da micção e da defecação. São exigências do meio, porém sua aquisição depende primariamente do amadurecimento do neuro-motor.

2 MESES

No 2º mês a criança torna-se mais ativa, vai deixando progressivamente sua posição de esgrimista (RTC) e sua hipertonicidade vai diminuindo, dando lugar a uma postura mais tranquila, o reflexo da marcha vai enfraquecendo. Está se preparando para as próximas aquisições, as mãozinhas ainda em flexão, mas menos tensas, pode levar uma à boca para inspecioná-la (senti-la); na 5ª semana de vida, sua visão, antes errática imobiliza-se e olha para o ambiente que o cerca, seu campo visual vai progressivamente aumentando, é capaz de acompanhar um objeto em movimento por 90º, por exemplo a mãe, ou o examinador.

3 MESES

O lactente de 3 meses apresenta cabeça predominante voltada para um lado e ainda matém o reflexo tônico cervical. As mãos estão em flexão ou relaxadas. Os membros inferiores ligeiramente levantados em flexão ou extensão. A fisionomia é vivaz. O olhar é direto. Olha prontamente par a linha média. Segue um objeto em movimento por 180 graus. Apreende objetos com facilidade, e os sustém ativamente. Observa-o e, logo o solta.

Em resposta à campainha, sua atividade diminui e apresenta uma resposta facial.

Segue como olhar pessoas em movimento e se alegra quando uma pessoa se aproxima. Em seus agradáveis momentos de solidão, emite vocalizações e gorjeios.

Em posição prona firma a cabeça e descansa o antebraço em flexão.

6 MESES

Aos 6 meses, na posição supina eleva os membros inferiores e sua curiosidade se concentra nos pés, a mão tarda em apanhá-los.

Rola na posição supina.

Senta com auxílio.

Sentada, o tronco matem-se ereto; pode ficar sentada com ajuda por 30 minutos.

Na posição ortostática matém seu peso, quando segurado pelo tronco – é o início do apoio e retificação voluntária.

Apresenta apreensão palmar, pega objetos, leva à oca.

A vocalização é mais rica, já é possível estabelecer comunicação verbal. Alegra-se com o diálogo, responde aos estímulos verbais, principalmente quando é incitado face a face.

Gosta de brincadeiras corporais manifestando por alegres gargalhadas.

Distingue estranho.

9 MESES

Em decúbito dorsal tenta sentar-se erguendo a cabeça e parte superior do tórax.

Sentado fica firme por mais de 10 minutos. Mantém seu peso, apoiando-se na grade do berço ou cercado. Ensaia os sons linguodentais, ta-tá-tá, dá-dá-dá,…

Quando chora, emite sílabas tais como mãmãmã, papapa (labiais).

12 MESES

Em decúbito dorsal a criança passa facilmente à posição sentada, alcança objetos inclinando-se para frente.

Em posição ortostática, apóia-se a grade do berço ou do cercado. Caminha apoiada. Caminha sustentada por uma mão. Dá os primeiros passos sozinha.

Nessa idade, vai adquirindo as noções espaciais que ajudam a situar-se no mundo. Sentada, fica ereta sem ajuda à frente da mesa.

O indicador se aperfeiçoa e se prepara para sua função fundamental na pinça superior, aponta tudo, toca, explora e finalmente utiliza o polegar e o indicador estendidos e apanha precisamente objetos pequenos.

Diz uma duas palavras significativas, imita sons.

Bate palmas, dá tchau.

18 MESES

Caminha sozinha, raramente cai. Senta-se sozinha em cadeira baixa. Vira atentamente as páginas de um livro e observa atentamente os desenhos. Responde às perguntas do examinador dizendo o que é, ou mostrando quando solicitado. Em geral volta às páginas anteriores.

Risca espontaneamente.

Constrói torres de 2 ou 3 cubos.

Diz 6 a 10 palavras.

Desce ou sobe escadas apoiada por uma mão. Sobe em cadeira alta.

24 MESES

A criança de 2 anos corre bem, e não cai.

Sobe e desce escadas sozinha, segurando-se no corrimão.

Constrói torre de 6 ou 7 cubos.

Diante de um livro ou revista volta as páginas, uma a uma. Nomeia 3 ou mais desenhos. Imita traços circulares.

No tabuleiro, coloca blocos isolados. Após rotação de 180 graus, consegue inserir os blocos somente na terceira ou quarta tentativa.

Tem vocabulário de mais ou menos 20 palavras, combina 2 ou 3 palavras espontaneamente.

Refere-se a si mesma pelo nome.

Compreende e pergunta por “outro”.

Gosta de jogar, é capaz de chutar ou atirar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Gesell A. e Amatruda C. Diagnóstico del desarrollo. Editora Paidos. Buenos Aires. Segunda Edição.
Gesell e Amatruda Psicologia do Desenvolvimento do Lactente e Criança Pequena. Editora Atheneu, São Paulo, 2002.
Flehming I. Desenvolvimento Normal e seus Desvios no Lactente. Livraria Ateneu. São Paulo. 1987.

ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO NEURO-PSICO-MOTOR E ORIENTAÇÕES

IDADEDESENVOLVIMENTOSIMNÃOACIDENTESORIENTAÇÃO 
1° MêsE capaz de erguer a cabeça, quando em decúbito ventral?Acidentes por movimentaçãoTriagem Neonatal (Teste do pezinho). Vacina.Aceitação dospais. Cuidados com o coto umbilical. Seio. Fezes. Urina. Sono. Fome. Regurgitação Constipação. Leite Materno, Relação mãe-pai-criança.Pais fumantes x ventilação. Vestuário adequado. Importância do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, importância do contato pessoal. 
Olha para o rosto que esteja na sua linha de visão? 
2° MêsSorri e emite ruídos guturais ?Acidentes por movimentaçãoIdem Anterior. Estimulação visual, auditiva e tátil. Imunizações. Leite Materno. 
3° MêsAcompanha com o olhar obje­tos em movimento?Acidentes por movimentaçãoBebê-Conforto. Brinquedos de Borracha. Leite Materno (Crian­ça com alimentação artificial, introdução de suco de frutas). Vacinas. Socialização (outras crianças). Estimulação.
Mantém a cabeça ereta?
4° MêsSegura um chocalho?Quedas (cama, carrinho, be­bê conforto).Freqüência de infecções respira­tórias. Leite Materno. Al. Artificial acrescentar papa de frutas. Vacinas. Socialização e estimulação. Introdução
Ri alto?
Rota sobre o corpo?
Desaparecimento dos reflexos arcaicos
5° MêsAlcança e Segura objetos?Idem anteriores QueimadurasFreqüência de Infecções respira­tórias. Leite Materno. Socializa­ção e Estimulação. Se aleitamen­to artificiai, papa de frutas. dsopinha.Vacinas
6° MêsE capaz de se virar?Idem anteriores Corpo estranho Banheira (afogamento)Medo de estranhos. Angústia de separação. Choro Noturno. So­cialização. Estimulação. Limites. Leite Materno Introdução da so­pinha.
Volta-se em direção aos sons?
Senta-se com algum auxilio (uma mão) ?
7° MêsE capaz de transferir um objeto de uma mão para outra ?Corpo estranhoIdem anterior. Leite Materno + alimentação mais variada. Higiene dentição.
Senta-se, momentaneamente, sem auxílio ?
8° MêsE capaz de se manter sentada por aproximadamente 5 min.Idem anteriorIdem anterior.
9° MêsÉ capaz de dizer. “Da,dá”Idem anteriorDiminuição do apetite. Diminui­ção do ritmo de crescimento: Descoberta dos genitais. Disciplina.. Socialização. Proibir Andador. Socialização. Leite Materno. Alimentos mais espessos, imunizações
Má-má ou “Mã-mã-ma”
10° MêsÉ capaz de se erguer, apoiando-se na lateral do berço ou cercado?Idem anterioresIdem anteriores
11° MêsConsegue movimentar-se à vol­ta do cercado, berço ou apoia­da nos móveis?Idem anterioresDisciplina, Leite Materno. Desmame progressivo. Socialização.
12° MêsAcena, “adeus” com mão?Corpo estranho Choque elétrico Queimaduras Quedas Envenenamento AfogamentoDesmame progressivo. Alimentação variada. Socialização. Independência. Curiosidade. Exploração.
Anda segura por uma mão?
Aprende a dizer “não”
Possui vocabulário de 1 ou 2 palavras significativas ?
15° MêsConsegue comunicar seus de­sejos, apontando e’ emitindo sons ?Idem anterior Cuidado com animaisBirra. Obediência. Disciplina. Imunizações – MMR Socialização.
É capaz de andar sozinha ?
18° MêsÉ capaz de construir uma torre de três blocos ?Idem anterior Comportamento na rua Cuidados no automóvelAlteração do apetite-Orientação quanto ao controle dos esfíncteres. Reforço imunizações.
Diz aproximadamente 6 palavras ?
E capaz de atirar uma bola?
24° MêsÉ capaz de correr ?Abre portas. Sobe em móveis AfogamentoConvívio com crianças da mes­ma idade. Visita ao dentista.
Consegue subir ou descer es­cada, segurando-se no corrimão?
É capaz de se expressar (oca­sionalmente) com uma senten­ça de 2 palavras?

Fonte: DOCKHORN, M. SM. e SANTOS, E.

*É permitida a reprodução PARCIAL desta tabela, na forma de citação e com autoria explicitada.